(por Paula Nunes, AICEP Portugal)
A corrente crise global pode ser um ponto de viragem e uma oportunidade para aquelas empresas que souberem utilizar e perceber os benefícios e mecanismos de mercado que a própria crise criou, tornando assim, a crise global num ponto de mudança favorável.
As start ups e o núcleo de pequenas empresas de hi-tech foram bastante afectadas pela crise económica, os créditos deixam de ser possíveis, e os investimentos necessários tornam-se complicados. Este grupo económico sofre um enorme abanão na saúde financeira.
No entanto, a crise pode e deve ser vista como uma imensa possibilidade de inovação. As injecções de incentivos criadas pelo governo americano pode abrir portas à sobrevivência e crescimeno de muitas pequenas empresas.
No sector tecnológico, as pequenas empresas devem perceber e concentrar-se nos mercados para mais facilmente poderem penetrar.
A inovaçao é um dos conceitos que deve prevalecer nestes sectores.
As pequenas empresas ganham acesso aos mercados, pois as grandes empresas têm a direcção de encontrar uma saída simplesmente rápida, a sobrevivência à crise. No passado a IBM , entre outras grandes empresas deixaram espaço para a Microsoft e a Ebay crescerem, e darem um salto no mercado. As pequenas empresas focam-se numa estratégia a longo prazo, que redefine os produtos para o mercado específico que quer alcançar. Assim, a inovação é um aliado ao combate à crise, tendo um impacto bastante possitivo e poderoso. Refinar o mercado e produzir novas ideias de produtos para esse mesmo mercado é uma possibilidade de entrada e crescimento no sector. A inovação como meio para alcançar projecção económica.
Aliás, a inovação é um dos meios, mas tem de estar aliada a outros factores.
Os custos sao igualmente um factor que tem de ser contornado, dada a necessidade de olhar à relação qualidade / preço.
A empresa produz X gasta Y com a qualidade W.
É importante manter esta equação equilibada, sem nunca diminuir a qualidade. Sacrifício de redução de custos sem afectar a qualidade.
No entanto, a redução de custos não pode ser entendida como redução de valores da empresa pois, se as equipas sentem os seus postos de trabalho em risco, será impossível manter a empresa segura no mercado.
Quem faz a empresa são as pessoas, se estas se sentem inseguras tornam a empresa instável. A redução de custos deve passar pela percepção dos custos desnecessários. Conseguir o mesmo produto, mas com fundos mais reduzidos, leva-nos, novamente, à inovação, ponto para o alcance da mudança.
Uma crise económica traz novas oportunidades económicas, novas procuras no mercado, e novas ideias são requisitadas. Para a evolução dos mercados é necessário surgirem novas soluções de sobrevivência, e quem melhor providenciar estas soluções mais sucesso terá.
Apesar de, hoje em dia, os media apenas falarem de um quadro negro e mau, existe, em paralelo, um conjunto de oportunidades crescente, para quem está atento e para quem não baixa os braços à crise